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Uma estrela de tipo S (ou apenas estrela S) é uma estrela gigante vermelha de baixa temperatura com quantidades aproximadamente iguais de carbono e oxigênio em sua atmosfera. A classe foi originalmente definida em 1922 por Paul Merrill para estrelas com espectros anormais com linhas de absorção e bandas moleculares atualmente identificadas como elementos do processo-s, em especial com bandas de monóxido de zircônio (ZrO), cuja presença é uma característica que define este tipo de estrela.
Estrelas de tipo S representam um grupo intermediário entre as estrelas de carbono, que possuem mais carbono que oxigênio em suas atmosferas, e as gigantes M típicas, cujas atmosferas são mais ricas em oxigênio. Elas podem ser agrupadas em duas classes: estrelas S intrínsecas, que adquiriram seus espectros pela convecção até a superfície de produtos de fusão e elementos do processo-s; e estrelas S extrínsecas, que são formadas por transferência de matéria em sistemas binários. A presença de tecnécio, encontrado apenas nas estrelas S intrínsecas, é usada para diferenciar as duas classes.
As estrelas de tipo S intrínsecas estão na parte mais luminosa do ramo assintótico das gigantes, um estágio curto no final de suas vidas que antecede a formação de uma nebulosa planetária. Muitas são variáveis de longo período, incluindo várias variáveis Mira. As estrelas S extrínsecas, menos luminosas, estão tipicamente no ramo das gigantes vermelhas, e são frequentemente variáveis semirregulares ou irregulares de menor amplitude. Estrelas S são relativamente raras, com estrelas S intrínsecas formando menos de 10% das estrelas do ramo assintótico de luminosidade comparável, enquanto as estrelas S extrínsecas formam uma proporção ainda menor de todas as gigantes vermelhas.